⚠️ - ESTADÃO DECLARA GUERRA OCULTA CONTRA BOULOS

 

♻️ - Com alta de Boulos nas pesquisas, Estadão escala colunista para atacá-lo.

Publicado em 27 outubro, 2020 9:04 am

Do ESTADÃO:

Por Pedro Fernando Nery.

Guilherme Boulos cresceu nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo. Na eleição presidencial, fora apenas o 10.º colocado, afetado pelo voto útil.

Hoje, Boulos se consolida como o candidato da esquerda, já lidera entre os mais jovens e demonstra chances reais de chegar ao 2.º turno. Suas promessas são simpáticas, mas por enquanto são promessas incumpríveis.

Se a utopia pode fazer bem a uma candidatura que só marca posição, agora o candidato do PSOL deve ser cada vez mais desafiado a mostrar a factibilidade dos seus planos.

Comecemos com o importante debate da renda básica. Mais de 3 milhões receberam em São Paulo o auxílio emergencial que acaba este ano e precisam de uma solução.

Boulos promete que seu primeiro ato será instituir uma renda básica imediata – talvez de R$ 350.

Mas nenhum prefeito pode fazer isso por simples decreto: esse aumento de gastos precisa ser autorizado por lei e passar pelo Legislativo.

Não para aí: a Lei de Responsabilidade Fiscal exige para esse tipo de benefício mostrar de onde vem o dinheiro (uma redução permanente de outra despesa ou um aumento permanente de receita).

Mesmo que estivesse disposto a propor aumento de imposto, há outra complicação.

Ainda que a Câmara Municipal aprove, ele só poderá ser cobrado a partir do ano seguinte – conforme manda a Constituição.

O que Boulos pode fazer no primeiro dia é simplesmente apresentar um projeto, que terá de ser duramente negociado com o Legislativo cortando despesas ou aumentando impostos – e assim com valores significativos só a partir de 2022.

Fonte; " DCM"