(🚨) - BOLSONARO SERÁ ACUSADO POR CRIME CONTRA A HUMANIDADE, ENQUADRADO POR COMETER ECOCÍDIO.

🔰 - A DENÚNCIA TEM CHANCES DE SER ACOLHIDA PELO TRIBUNAL. AFIRMA EX COORDENADOR DO TRIBUNAL INTERNACIONAL MONSANTO. 

MATÉRIA DE,  DW Brasil 

Diante do avanço do desmatamento e das queimadas na AmazĂ´nia, um grupo de juristas brasileiros prepara desde 23 de agosto uma denĂşncia contra o presidente Jair Bolsonaro por crime ambiental contra a humanidade, a ser apresentada ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda.

Os juristas argumentam que Bolsonaro pode ser responsabilizado pelo aumento dos danos na AmazĂ´nia em 2019 devido Ă  demora da resposta contra as queimadas na regiĂŁo e Ă  atual polĂ­tica ambiental do governo. A ação estĂĄ sendo articulada por especialistas em direitos humanos, direito ambiental e internacional. 


Cabanes – que coordenou o Tribunal Internacional Monsanto – entende que a postura do presidente fere tanto os direitos humanos como os ambientais, podendo ser enquadrada como um caso de ecocĂ­dio. Cabanes afirma que Bolsonaro pode ser investigado por crime contra a humanidade pelo TPI e processado somente "se houver uma intenção comprovada por parte do indivĂ­duo de destruir tribos indĂ­genas enquanto grupos ĂŠtnicos".


"Permitir a destruição da Floresta Amazônica tem duplo impacto: local, porque constitui uma violação nos direitos dos povos indígenas que vivem na floresta e que dela dependem tanto para seu sustento como para seu bem-estar físico e espiritual; e hå o impacto global, jå que a Amazônia fornece oxigênio para o mundo e participa da regulação da temperatura, influenciando o clima mundial e a circulação das correntes oceânicas", acrescenta Cabanes, que Ê especialista em direitos humanos.

PorÊm, sem o reconhecimento de ecocídio como um crime autônomo, Cabanes afirma que Bolsonaro pode ser investigado por crime contra a humanidade pelo TPI e processado somente "se houver uma intenção comprovada por parte do indivíduo de destruir tribos indígenas enquanto grupos Êtnicos".

Isso acontece porque, de acordo com o Estatuto do TPI, a qualificação de crime contra a humanidade "exige prova prÊvia de que uma população civil Ê alvo de um ataque sistemåtico ou generalizado, lançado conscientemente e em conformidade com a política de um Estado ou organização", descreve a jurista.

" DIANTE DO SENÁRIO DO ATUAL GOVERNO QUE CRIOU IMPUNIDADE PARA MADEIREIROS E FAZENDEIROS", deliberou uma situação de impunidade para os madeireiros e fazendeiros, em que estes podem lucrar com a Amazônia, iniciar incêndios, grilar terras e cometer assassinatos. Mas Ê difícil culpar apenas o atual presidente por esse cenårio, pois isso vem acontecendo na Amazônia muitos anos antes de ele ser eleito", diz Cabanes.

Por isso, assim como Machado, ela acredita que a novidade na situação estå no discurso e na postura do presidente em relação ao meio ambiente. "Algumas falas de Bolsonaro poderiam ser qualificadas atÊ como um chamado para um genocídio contra as populaçþes amazônicas", defende a advogada francesa.

"Do mesmo modo, hå episódios concretos do governo Bolsonaro, como transferir a responsabilidade pela demarcação e regulação dos territórios indígenas para o MinistÊrio da Agricultura, que se sabe estar sob a notória influência do agronegócio, assim como as tentativas de coibir as sançþes aplicadas pelo Ibama e, em junho, o pedido de demissão do diretor do Inpe pelo próprio Bolsonaro depois da divulgação dos dados sobre as queimadas na Amazônia", exemplifica Cabanes.
FONTE ORIGINAL DESSA MATÉRIA NO SITE;  DW Brasil 
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